O contorno dos olhos é a zona mais frágil do rosto, pelo que impõe critérios específicos à aplicação de cosméticos.
A zona do contorno dos olhos tem uma fisipatologia particular que a distingue da restante pele do rosto. Tem uma espessura cutânea mais reduzida, não contém células adiposas (o que lhe dá uma menor resistência subcutânea) e o seu tecido conjuntivo é mais elástico e laxo, o que implica maior fragilidade e ausência de resistência às agressões externas.
Por isso, os cremes de contorno de olhos têm, habitualmente, uma textura mais leve do que a maioria dos cremes faciais e são concebidos de forma a não prejudicar este delicado tecido cutâneo. Isto justifica o facto de quase todos os produtos destinados a aplicar nesta área não conterem conservantes (parabenos e fenoxietanol, por exemplo), corantes nem perfumes.
Para além disso, os cosméticos para olhos requerem uma aplicação específica:
Regras de aplicação
Quando?
De manhã e à noite
Como?
Com leves toques do dedo anelar. Este dedo garante uma aplicação suave (sem risco de vermelhidão por fricção) mas suficiente para dinamizar a microcirculação sanguínea e linfática nesta zona, evitando a estase (paragem no fluxo normal de um líquido corporal) e, consequentemente, as olheiras e os papos. No final, é aconselhada uma passagem com os dedos indicador, médio e anelar, como se estivesse a tocar piano.
Que quantidade?
3 a 4 cabeças de alfinete são suficientes. O calor da pele, os batimentos do piscar de olhos e os gestos da massagem permitem que o produto se espalhe nesta zona, sendo por isso completamente contra-indicada e desnecessária a aplicação de uma grande quantidade de produto.
Onde?
Por baixo dos olhos e ao longo dos ossos orbituários e supraciliares.
Onde não se deve pôr creme?
Deve evitar-se a aplicação muito próxima dos olhos, pois se houver penetração no canal lacrimal pode prejudicar as membranas mucosas e causar prurido, irritação e até mesmo edema.
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