A L’Óreal abre na sexta-feira a primeira loja da NYX em Portugal, inserindo o mercado nacional no plano de expansão internacional da marca de maquilhagem norte-americana, comprada em 2014 pela multinacional. Na Europa já são 10 lojas. Em Portugal abre o primeiro espaço no Almada Forum. “O plano é ser a marca de maquilhagem número 1 em Portugal.
Esta será a primeira de muitas lojas”, diz Mónica Valente, brand champion da NYX Portugal. Quantas mais lojas, com que timings e investimento é que a responsável não revela. “O segredo é a alma do negócio.” E muito menos potenciais localizações. “O objetivo é abrir lojas onde as beauty junkies [mulheres que compram mais do que seis produtos por ano] e os profissionais de maquilhagem. Estamos a trabalhar nas localizações.”
“Trata-se de uma marca que vai criar o sonho e trabalhar os clientes de forma completamente diferente”, garante Mónica Valente quando questionada sobre como a NYX iria marcar a diferença face a outras marcas concorrentes, inclusive da casa mãe L’Óreal, já no mercado português. Trata-se de uma “marca profissional, mas a um preço acessível”, garante. Nem há risco de canibalização das marcas L’Óreal? “Não. O mercado em Portugal é pequenino e há um mar ainda para nos alargar. A penetração da maquilhagem em Portugal ainda é baixa versus a média da Europa”, diz Mónica Valente. Há dois anos, revela um estudo feito pela multinacional, a penetração da maquilhagem era de 81%, abaixo da média europeia que se situa nos 86%. O estudo tem dois anos, a oferta ao nível de lojas com produtos de maquilhagem também aumentou consideravelmente, se sobretudo tem aumentado a procura junto a um público mais jovem, os chamados millennials (nascidos entre 1982 and 2004), que coincide com o target da NYX: as beauty junkies. “Quando começámos a estudar o mercado percebemos que há bastantes beauty junkies em Portugal.
É para estas mulheres e para profissionais de maquilhagem que a NYX aparece.” A história da NYX explica o posicionamento. Criada em 1999 pela maquilhadora Toni Ko, a marca avançou no mercado com apenas um produto: o lápis de olhos Jumbo Eye Pencil. No primeiro ano faturou mais de 2 milhões de dólares. Há dois anos a L’Óreal comprou a NYX, que na época gerava uma receita de mais de 100 milhões. Em 2015 registou um crescimento de vendas de 78% (like-for-like).
A NYX apostou no boom da Internet, nas influencers digitais, com os seus tutorais de maquilhagem, para crescer a sua base de clientes. No Instagram já tem mais de 7,4 milhões de seguidores nos Estados Unidos. Em Portugal, em pouco mais de seis meses angariou 16,4 mil. Apostar no digital para comunicar e criar engagement, mas com uma loja própria para fechar o ciclo de experiência é assim a estratégia para crescer no mercado português. “Faz todo o sentido ter uma loja própria porque o que queremos é criar uma experiência. Com 80 m2 conseguimos realmente ter a experiência de ser uma marca profissional que tem tudo: desde as 50 sombras de cor, aos pincéis, às malas profissionais…”, descreve Mónica Valente.
A configuração do espaço em loja corporiza esse engagement com as clientes e o mundo digital. “Temos dois espaços na loja que fazem a diferença: a community wall – em que, em cada loja, a pessoa faz o hashtag NYX Cosmetics e aparece o visual que criou com a NYX ou se inspirou – e o Beauty Bar, que tem espelhos, os produtos e os vídeos tutoriais [de beauty influencers que explicam como podem usar os produtos para criar determinados looks]”, descreve Mónica Valente As tendências são criadas na interação com a comunidade e com as influencers. Há 5 anos que a marca criou o concurso Face Awards onde procuram a Beauty Vlogger of the Year. Em Portugal, lançaram em abril o concurso: tiveram 300 inscrições. Ganhou Joana Shino, como quem a marca vai trabalhar em Portugal na criação de looks específicos.
Informações obtidas em: dinheiro vivo.pt
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